O que achei do documentário Um Beijo do Gordo (2024)?
Fotos: Reprodução/ Globoplay |
28 de agosto de 2024
O que achei do documentário Um Beijo do Gordo (2024)? O documentário do Globoplay é assinado pelo diretor e roteirista Renato Terra e supervisão artística de Mônica Almeida e Pedro Bial. A produção tem relatos de fãs e admiradores do artista Jô Soares como Marcelo Adnet, Tatá Werneck, Bruno Mazzeo, da ex- namorada de Jô, Claudia Raia, Flavinha Pedra Soares (que foi o grande amor de Jô Soares) e muito mais. Morou na Suiça e em alguns outros países e quando voltou ao Brasil os pais estavam numa situação financeira difícil e ele começou a entrar no meio de artistas e se envolveu até com Silveira Sampaio, um dos pioneiros em talk shows no país. Segundo Fernanda Torres, Jô Soares tinha uma alma de nobre, ele falava mil linguas, ele tinha uma educação incrível. No começo de carreira, Jô fazia suas apresentações com o público no estilo do gênero de stand-up comedy. Claudia Raia disse que Jô pediu o término da relação amorosa entre os dois por causa da grande diferença de idade entre os dois. Acreditava que ela iria encontrar alguém mais novo para se relacionar. A própria Flavinha já tinha uma grande diferença de idade em relação ao seu amado Jô Soares. Viva o Gordo, Planeta dos Homens, Família Trapo com Jô ao lado de Golias na TV Record, entre outros programas de sucesso, são citados no documentário. Jô fez comédias em momentos em que se vivenciava a ditadura militar e pós-ditadura. Na piscina, em relato de Jô para Pedro Bial em entrevista, diz que todo humor tem seu lado político. Segundo Fábio Porchat, tem tanta gente fazendo talk show no Brasil por causa de Jô Soares. Ele abrasileirou o talk show oriundo dos Estados Unidos. A maneira de apresentar talk show de muitos apresentadores brasileiros de hoje deve-se à Jô Soares. No 2º episódio, fala-se do saudoso programa Jô Onze Meia do SBT, que nunca começava no horário, e que foi o ponta pé iniciou para Jô ir para a Globo e estrear o Programa do Jô em 2000, ficando na grade da emissora da família Marinho até dezembro de 2016. Entre os entrevistados do Onze e Meia, personalidades marcantes, como o político Enéas (que defendia a criação da bomba atômica no país), o grupo musical Mamonas Assassinas e Chico Anysio. Para alguém da Globo ser entrevistado no programa Onze e Meia tinha fila. Era difícil a Globo liberar seus artistas para conceder entrevista para o Jô Onze e Meia. Jô era ou foi um dos maiores salários do SBT na época. Segundo Tatá Werneck no 3º episódio, Jô Soares incentivou Tatá a apresentar um talk show na televisão. Queria ver mais mulheres apresentando talk shows na tevê. Hoje, Tatá está com seu Lady Night, que faz bastante sucesso nas telinhas e tem muitas das pegadas dos talk shows de Jô no Multishow. Fábio Porchat, que foi uma das revelações de Jô Soares no meio artístico, quando tinha 18 anos, teve uma desavença com o veterano apresentador, mas antes da morte do apresentador eles se reconciliaram. Jô foi até no talk show de Porchat, o Programa do Porchat,em 2018, antes de seu falecimento. Jô Soares era realmente um gentleman e recebia e revelava novos talentos, vale lembrar de Fábio Porchat que estava em começo de carreira. Recebia pessoas desconhecidas do grande público e tratava todos muito bem. Quando alguma personalidade ou desconhecido ia divulgar uma peça de teatro, um livro, um filme, um trabalho qualquer: tudo virava um sucesso de público. Menção ao quadro de destaque Meninas do Jô, em época do escândalo do mensalão, por exemplo, com jornalistas da área de política. No quarto episodio do documentário, sua ex-vizinha, Adriane Galisteu, falou que Jô Soares já não era mais o mesmo após o falecimento do único filho Rafinha, falecido aos 50 anos em 2014, que era autista. Fala-se das vinhetas da rádio de Rafinha que o músico Derico, da banda de música de Jô, realizou com muito amor para a rádio pessoal do filho de Jô Soares. Fala-se do trisal de amizade, Flavinha, Zélia Duncan e Jô Soares, que se davam muito bem. Vale lembrar que além de talk shows, Jô Soares realizou teatro com humor com uma pegada de stand-up comedy, músicas, escreveu livros e cinema. Um documentário emocionante, principalmente em seu final, quando fala dos últimos momentos de vida de Jô Soares. Para fãs de Jô, uma produção imperdível. Um dos maiores artistas da televisão brasileira. Inesquecível e eterno!
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